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Publicado em 18/02/2025 21:15 • Atualizado 06/05/2025 01:37
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Apostador teria fraudado eleição em cidade do RS para lucrar com apostas; MPE pede cassação

Valtenir Bueno Dornelles teria investido mais de R$ 600 mil na compra de votos para garantir eleição de candidato, diz MPE. Objetivo seria apostar que um candidato sem nenhuma chance venceria, e depois garantir a vitória comprando votos, segundo denúncia.

 

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com uma ação na Justiça pedindo a cassação do registro de Sérgio Bueno Rocha, o "Serginho", eleito pelo Partido Progressistas (PP), e a condenação de Valtenir Bueno Dornelles, conhecido na cidade como Anibal, e que teria orquestrado a candidatura com o objetivo de ganhar a aposta.

 

Sérgio obteve 438 votos – a maior votação da história da cidade para o cargo.

Na Câmara Municipal, Sérgio Bueno da Rocha negou as acusações, ao ser abordado pela equipe da RBS TV.

 

Moradores da cidade confirmaram à reportagem que teriam recebido dinheiro em troca de votos, entregues por Anibal. Um deles, que não quis se identificar, revelou que toda a família teria vendido os votos por R$ 5 mil.

Em áudios obtidos pela reportagem, o próprio Anibal aparece cobrando o cumprimento do acordo: “Confirma o votinho lá pra nós, tudo sabe né, que nós combinemo... Preciso de um votinho porque eu andei jogando ontem aí".

O objetivo, segundo a denúncia, era apostar que um candidato sem nenhuma chance venceria – e depois garantir a vitória dele comprando votos.

Em 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou uma resolução que explicita o ilícito eleitoral de prática de apostas — inclusive pela internet — cujo objeto envolva o resultado das eleições.

Fazer esse tipo de aposta de forma repetida, ainda mais se envolver promessas de dinheiro ou outras vantagens para eleitores, pode atrapalhar a eleição e influenciar o voto das pessoas. Isso é considerado uma prática ilegal e pode ser punida como abuso de poder econômico ou compra de votos, com base na Constituição e nas leis eleitorais.

 

 

Eleitores tiveram prejuízos

 

O aposentado Setembrino Lício de Oliveira, de 77 anos, relata que investiu R$ 60 mil, o valor que havia ganhado arrendando a terra para plantar soja. Ele conta que apostou que um candidato tradicional, atual presidente da Câmara, faria mais votos que Serginho — e perdeu.

“Achei que ganhava fácil. O outro já era conhecido, o Serginho ninguém conhecia”, afirmou Oliveira.

Outro morador, João Pedro Brizola Dorneles, diz que apostou R$ 300 mil que a soma de votos de três candidatos tradicionais venceria a de Serginho e um aliado. Também perdeu.

 

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